A mulher entra no quarto do filho decidida a ter uma
conversa séria. De novo, as respostas dele à interpretação
do texto na prova sugerem uma grande dificuldade de ler.
Dispersão pode ser uma resposta para parte do problema. A
extensão do texto pode ser outra, mas nesta ela não vai tocar
porque também é professora e não vai lhe dar desculpas
para ir mal na escola. Preguiça de ler parece outra forma de
lidar com a extensão do texto. Ele está, de novo, no
computador, jogando. Levanta os olhos com aquele ar de
quem pode jogar e conversar ao mesmo tempo. A mãe lhe
pede que interrompa o jogo e ele pede à mãe "só um instante
para salvar". Curiosa, ela olha para a tela e se espanta com
o jogo em japonês. Pergunta-lhe como consegue entender o
texto para jogar. Ele lhe fala de alguma coisa parecida com
uma "lógica de jogo" e sobre algumas tentativas com os
ícones. Diz ainda que conhece a base da história e que,
assim, mesmo em japonês, tudo faz sentido. Aquela conversa
acabou sendo adiada. A mãe-professora não se sentia pronta
naquele momento.
Raquel Barreto (2002, p.75)
A proposta nesta postagem é repensar letramento e alfabetização e as novas tecnologias.
Com certeza devemos dar aos nossos alunos materiais para que a alfabetização e o letramento sejam alcançado, se utilizando para tanto signos, códigos que fogem do costumeiro. Costumeiro para quem mesmo? Esta é uma questão que estou trabalhando para discutir em meu TCC.
A maioria dos professores, e aqui me coloco na mesma posição, fomos ensinados a ser professores em outro contexto, num outro ritmo. Mas mesmo assim estamos nos dando conta de que precisamos reagir, treinar outros sentidos, nos apropriar deste universo tecnológico e atrativos para agregar aos fazer pedagógicos.
Um comentário:
Legal Nara sua postagem, fizeste uma excelente busca, esta postagem vem de encontro ao seu tema do TCC.
Ótimo
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