Sempre acreditei que uma atividade que partisse e que realmente envolvesse as crianças haveria de dar a elas uma significação sem igual. Superior a qualquer técnica e método mirabolante. Conhecer cada criança, entender seu universo, perceber seus sonhos e desejos e embrenhar-se, tornando-se parte, faz com que nos aproximemos delas, e elas se identificando, acreditando e se permitindo aprender.
Quando levantamos dados destes alunos, seja por atividades que aparentemente são tão simples, nos deparamos com situações que nos intrigam, instigam e nos permitem refletir. A discussão se torna necessária e esclarecedora.
Percebendo que uma mesma palavra pode ter várias representações, também perceberam que a vida, as situações podem ter mais de um ângulo. Diversas visões e interpretações sobre uma mesma coisa e que isso pode significar que nem tudo há o certo e o errado.
Quando observamos juntos os desenhos e nos deparamos com situações tão iguais, indaguei a razão, como no caso da árvore em que praticamente todos a desenharam com tronco grosso (marrom) e copa frondosa arredondada (verde). Aproveitamos a situação e fomos para o pátio da escola e ficamos a observar as árvores. Quais os tipos de troncos que viam, e a cor, as folhas se eram todas do mesmo jeito, qual as tonalidades, quais os formatos das copas?
Ficamos observando e conversando por um bom tempo. E ao retornarmos a sala continuamos a conversar sobre as outras palavras... O interessante foi que depois dessa conversa, pediram para desenhar novamente, desta vez no caderno.
Não vi problema de alterar meu planejamento e seria uma boa experiência. Tanto no caso da árvore, como em praticamente todas as outras, com exceção da palavra coração houve grande variedades de desenhos.
Pensei nas palavras destruição de paradigmas para construção efetiva do conhecimento. No confronto de situações que fogem somente das palavras, mas parte para a observação e integração.
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