domingo, 16 de maio de 2010

JOGOS EM SALA DE AULA

O ser educadora é algo que vai se aprimorando com o passar dos dias, dos anos, após reuniões pedagógicas, de leituras, de palestras, oficinas e aprimoramento de toda sorte. E muito deste ser professora foi sendo construindo do ser aluno. Eu sempre tive em mente os modelos de professores que tive e que gostaria de seguir e quais não gostaria de em me transformar.
Na minha trajetória como aluna não tive grandes mestres com dons artísticos, e não me recordo de nenhum momento com jogos dentro da sala de aula, mas lembro muito bem de uma terceira série em que tinha as paredes e pasmem, o teto tão repleto de cartazes, avisos, enfeites que me oprimiam. Talvez por isso ( me perdoem a análise de uma leiga) que eu tenha tantas dificuldades desenvolver estes aspectos em sala de aula. Só fui me aperceber disso quando o professor Paulo que visitou minha sala na 6ª feira, indagou sobre os cartazes que haviam.
Nas paredes o básico, que julgo ser necessário, além dos murais de geografia e ciências que são fixos.
Quanto aos jogos, sinto que durante este curso de graduação é que estou tendo a coragem de inserí-lo em meu planejamento.
Sempre me senti muito insegura achando que tornaria uma aula bagunçada demais, a eterna crença que professor deve ter o controle absoluto de tudo...
Voltando aos estudos e as leituras me deparei PIAGET (1967)citando , “o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral”.
Como poderia me eximir da grande responsabilidade que me cabia em não incluir tal recurso em sala de aula??
Tive que construir em mim algo que não nunca tive, mas que nenhum aluno tinha culpa disso.
Notei o prazer com que os alunos se lançaram aos jogos e não me refiro ao fascínio do jogo no computador, o Bingo também bem apreciado e mais o quanto de informações é possívem obter com tal atividade: quem ainda tem dificuldade em abstrair, na agilidade de cálculo mental, na atitude e postura ética como jogador ao (des)respeitar as regras, na cooperação com o colega enfim em todos os aspectos.
Foi uma aula super gostosa, leve a tal ponto que nos esquecemos da hora...

Um comentário:

Patrícia_Tutora PEAD disse...

Complementando...

O jogo tem um papel muito importante nas áreas de estimulação, Piaget (1998) acredita que o jogo é essencial na vida da criança. O jogo é, por excelência, integrador, há sempre um caráter de novidade, o que é fundamental para despertar o interesse da criança, e à medida em que joga ela vai se conhecendo melhor, construindo interiormente o seu mundo.

Esta atividade é um dos meios mais propícios à construção do conhecimento. Para exerce-lâ a criança utiliza seu equipamento sensório-motor, pois o corpo é acionado e o pensamento também, e enquanto é desafiada a desenvolver habilidades operatórias que envolvam a identificação, observação, comparação, análise, síntese e generalização, ela vai conhecendo suas possibilidades e desenvolvendo cada vez mais a autoconfiança. É fundamental, no jogo, que a criança descubra por si mesma, e para tanto o professor deverá oferecer situações desafiadoras que motivem diferentes respostas, estimulando a criatividade e a descoberta.

Abraços