domingo, 21 de outubro de 2007

Bloco I -Temática 3 e 4- Meu resumo

O ensino da arte numa concepção contemporânea deve ser eclético e pluralista em sua mistura de formas culturais diversas.
Para Barbosa, “Multiculturalidade não é apenas fazer cocar no ‘Dia do Índio’, nem tampouco fazer ovos de Páscoa ucranianos ou dobraduras japonesas ou qualquer outra atividade clichê de outra cultura”.
Uma proposta de ensino multicultural deve preocupar-se em compreender os objetos estéticos dentro de sistemas simbólicos culturais mais amplos, dando lugar às abordagens contextualistas, instrumentalistas e interdisciplinares para o estudo da arte. Obras de arte, nesta perspectiva, são representações sociais, portanto, constitutivas de visões de mundo de determinados grupos sociais (Hernández, 2000).

Para Barbosa uma proposta de ensino da arte numa visão multicultural desmentiria muitos preconceitos culturais que só reforçam o código hegemônico, como por exemplo a idéia de que a melhor Arte é a produzida pelos europeus e a idéia de que a pintura a óleo e a escultura em mármore são as mais importantes formas de Arte.
Outra idéia preconceituosa de que a melhor Arte tem sido produzida por homens também seria desmentida se a contextualizássemos em relação ao papel secundário que as sociedades têm determinado para as mulheres, assim como, a diferença hierárquica entre artesanato e Arte, seriam contestadas se analisássemos o valor dos saberes dos pobres e dos ricos auferido pela cultura dominante.


Nesse sentido, propor atividades, como identificar as formas de Arte que importam em uma variedade de culturas, seria uma estratégia que poderia levar a uma educação multiculturalista que permitiria ao aluno lidar com a diferença de modo positivo na Arte e na Vida.Nesta direção estaríamos construindo um ensino da arte como um poderoso instrumento para revitalizar e resgatar a identidade, a diversidade e as
singularidades culturais. Estaria também se propondo a rejeitar a sonegação cultural e a lutar para romper as históricas barreiras criadas em torno deste campo, através de uma concepção de arte-educação multicultural e crítica que nos remeterá necessariamente à educação para a cidadania, entendida como um exercício de viver compartilhado e democrático, considerando a diversidade humana.

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