domingo, 13 de setembro de 2009

*EJA

Modalidade amparada por lei, que quer dar as pessoas que não tiveram acesso ao ensino regular por qualquer razão, em idade própria a possibilidade de inserção no mundo do trabalho. É importante observar que estas pessoas procuram voltar seus estudos por vários motivos e que não é raro sofrerem preconceito, sentirem vergonha, serem discriminados. A continuação dos estudos pode fazer com que cada indivíduo possa reescrever sua história.
O que percebi depois, de tantas leituras e pesquisas é que a cada governo que troca, mudam-se os programas e começam-se tudo da estaca zero, não há continuidade, foi assim ao longo do tempo. É obvio que muita coisa mudou e o avanço em todas as áreas exige trabalhadores alfabetizados e qualificados e com isso foram adotadas várias medidas políticas e pedagógicas: a Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (CNEA), o Movimento MOBRAL, o Ensino Supletivo etc. E hoje temos a EJA, que, a meu ver, não pode ser vista como a tábua da salvação para erradicação do analfabetismo no Brasil, ela deve caminhar junta com outras políticas públicas. Gostaria de acrescentar a citação abaixo, que achei muito importante:

Mesmo reconhecendo a disposição do governo em estabelecer uma política ampla
para EJA, especialistas apontam a desarticulação entre as ações de alfabetização e de
EJA, questionando o tempo destinado à alfabetização e à questão da formação do
educador. A prioridade concedida ao programa recoloca a educação de jovens e
adultos no debate da agenda das políticas públicas, reafirmando, portanto, o direito
constitucional ao ensino fundamental, independente da idade. Todavia, o direito à
educação não se reduz à alfabetização. A experiência acumulada pela história da
EJA nos permite reafirmar que intervenções breves e pontuais não garantem um
domínio suficiente da leitura e da escrita. Além da necessária continuidade no
ensino básico, é preciso articular as políticas de EJA a outras políticas. Afinal, o
mito de que a alfabetização por si só promove o desenvolvimento social e pessoal há
muito foi desfeito. Isolado, o processo de alfabetização não gera emprego, renda e
saúde.(Vieira, 2004, p. 85-86)


Finalizo, crendo que realmente a EJA seja realmente um instrumento valioso na tentativa de diminuir a segregação intelectual, porém creio que as políticas educacional devem investir MACIÇAMENTE EM TODAS AS MODALIDADES DE ENSINO, que a os políticos passem mas que as políticas permaneçam se as propostas forem boas. Quem sabe em futuro não teríamos a ECJA, Educação Continuada para Jovens e adultos, com o objetivo único de aprimoramento pessoal. Bem só estou divagando...

Um comentário:

Patrícia_Tutora PEAD disse...

Olha a Nara dando idéias... ECJA, Educação Continuada para Jovens e adultos, com o objetivo único de aprimoramento pessoal. Quem sabe não é?? O que mais você diria ou apresentaria para sustentar a sua argumentação? Abraços querida ;D