A escola agindo de forma a menosprezar a vida e a história de seus alunos, demonstra uma preocupação solitária, a de apenas alfabetizar, e que não pensem que o “apenas” que me referi também não tem sua importância, porém o processo de obtenção de códigos (numéricos, alfabético) é apenas um dos elementos necessários para o letramento e levar em conta todo o universo em que o aluno está inserido é um dever que a escola não pode se eximir, já que ela é um espaço cultural e inclusivo em todos os sentidos não apenas em acessibilidade física a todos, mas inclusivo no que se refere a trazer para dentro escola elementos familiares, religiosos, de entretenimento e lazer e quando não cumpre sua função de inserção de indivíduos letrados na sociedade, acaba por lançá-los nela mais despreparados, a mercê de interpretações errôneas, vulneráveis, verdadeiros analfabetos funcionais, que sabem decifrar os códigos para ler e escrever, porém não conseguem interagir reflexivamente sobre um assunto e emitir um julgamento pertinente.
Um comentário:
Com certeza Nara! Podemos dizer que diariamente convivemos com o letramento social e o escolar, ambos direcionados ao estudo da linguagem propriamente dita, porém o letramento social é um processo que está por todos os lados, fazendo parte da paisagem, das ruas, das paradas de ônibus, dos estabelecimentos comerciais, parques, praças, igrejas...fazendo parte de todas as situações do nosso dia a dia. Então como alfabetizar nossos alunos neste universo?
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