sábado, 17 de novembro de 2007

Evidências...

A cada aula, a cada nova postagem de uma nova aula, fica óbvio o quanto a prática pedagógica tradicional deve ser melhorada, e em antigos conceitos ser restruturado. Me pego entre uma leitura e outra, na ânsia de modificar minhas aulas, pois enquanto professora já me sinto modificada e ao mesmo tempo frustrada em não conseguir colocar em prática tudo o que está sendo ensinado nestes semestres.

É bem verdade que meu olhar para cada aluno já é diferenciado, mas me angustio quando penso no quanto ainda estou crua e no que ainda poderia melhorar minhas aulas e fazer com que meus alunos se desenvolvessem mais e melhor em todas as suas competências.

Sempre trabalhei com música, mas vejo o quanto tenho que me aprimorar, não para dar aulas de músicas, mas para promover uma diversidade musical entre eles, fazê-los repensar no que ouvem. Já em teatro, tenho uma batalha a ser travada por mim mesma. Sinto o quanto sou desajeitada para esta atividade e por esta razão acabo por não realizar estas atividades com os alunos. Superar esta dificuldade é sem dúvida crucial para trazer para as crianças mais uma ferramenta importante para seu desenvolvimento. E para meu espanto comecei a perceber que teatro não era bem o que eu entendia como teatro, e quando fiz as atividades para o inventário criativo, me descobri mais livre e menos insegura, foi uma mistura de teatro improvisado com muita ludicidade, a princípio tive medo achando que os alunos fizessem muita bagunça e foi muito compensador notá-los crianças que são, brincando e produzindo.

Estou aprendendo a olhar, a admirar obras de arte como tal, de outra forma não conseguiria contagiar meus alunos para o mesmo. Pretendo ensinar o caminho, como diz a professora.

Quanto a literatura infanto juvenil, penso estar na direção certa, devendo observar alguns ajustes. Sempre gostei de ler, e os alunos percebem o que os professores gostam e tomam muitas vezes, este gostar como uma identificação. Promovo, quando assumo uma turma, horas de leitura, leio com bastante entusiasmo e as dicas de uma boa contação de história são muito importantes.

Ainda é muito cedo, mas achei importante relatar o quanto ja houve mudanças, pequenas mas importantes mudanças, principalmente no pensar!

Ensinar o caminho...

Dia 10 de novembro foi um dia particularmente especial para mim. Aula presencial no Santander Cultural e no Margs. E explico a razão: Nunca havia visitado esses dois locais, e aos meus olhos ainda não tinham sido mostrado tais obras que a princípio pareciam tão estranhas. Primeiramente minha turma, em conjunto com a professora, nos dirigimos ao Santander Cultural e lá as primeiras orientações.E foi justamente lá, na sala oeste que a professora Rejane Reckziegel Ledur disse uma frase que ficou ecoando em meus ouvidos.., quando falava do porquê em trazer nossos alunos aos museus, as exposições: "... é preciso ensinar o caminho..."


Eu aprendi o caminho, mas não só o físico, mas o da oportunidade de conhecer coisas diferentes e mudar meus conceitos a respeito da arte. Para mim arte deveria haver com beleza, com idéias explícitas e razões definidas.


Fiz minha estréia na Bienal pelo Cais do Porto no mês passado e agora ampliei mais minha visão da arte. Como perceber a arte de jornais sem a escrita, totalmente recortado, como ver um conjunto de bacias suspensas por um fio como uma fonte e um eclipse? como madeiras velhas, deixam de ser apenas madeiras velhas?


Proporcionar aos alunos visitas como estas,é mais que mostrar o caminho de conhecimento da arte, é promover o reconhecimento das diferenças de opiniões, interpertações e respeito, isso é formar um cidadão em sua totalidade.

sábado, 10 de novembro de 2007

Quer brincar?

Para responder algumas questões da Interdisciplina de Ludicidade, assisti uma entrevista da professora Tânia Furtado e achei muito interessante suas falas a respeito da brincadeira, do lúdico. E fazendo uma varredura em minhas experiências passadas, constatei que realmente as aprendizagens feitas através situações agradáveis, divertidas são as que permanecem vivas em minha memória.
E pelo que observo na escola também é um exemplo disso: aquele professor que é mais divertido, mais lúdico, que introduz em seu planejamneto uma forma em que a brincadeira seja um instrumento, é o professor em que os alunos se aproximam mais.

Mas penso que a maioria dos professores, e me incluo, não estam preparados para cotidianamente desenvolver a aprendizagem pela ludicidade, faço alguma ou outra atividade desta forma, mas confesso que ainda não consegui colocar como regra e não como exceção. Sinto que está faltando mais suporte, mais segurança, sinto que tenho medo de que a aula vire uma bagunça, mas também sei que se o objetivo ficar claro será uma "bagunça" com propósito, sei também que devemos com calma, mas com segurança investir no mundo rápido e tecno de hoje e não ficar preso a um tradicional sem eficácia.

domingo, 4 de novembro de 2007

Eu ouço Björk...



Talvez você nunca tenha ouvido falar dela, nem tenha ouvido nenhuma suas músicas, infelizmente sua música não estará na novela da Globo, nem repetida diversas vezes ao dia numa rádio comercial, mas mesmo assim eu a escuto... Só sei o que ela canta graças a pesquisa pela Internet, mas primeiro me encantou a docilidade da voz, ela não precisa berrar para dizer que sabe cantar, mas quando a emoção pede ela grita com a alma, ela me encanta...

Ela canta tristezas, crueldades humanas, canta o amor, o medo... E consegue aliar também à arte gráfica. A computação gráfica de "Isobel" deixou todos de queixo caído. E vale a pena conferir...

Bem..sou fã dela mesmo, mas foi bem por acaso que a descobri, num programa sobre cinema, nossa, é isso mesmo a mulher é atriz também e quando num pequeno trecho em Dançando no Escuro, do dinamarquês Lars Von Trier, a vi cantando me viciei e saí procurando mais, mas só pela rede, lembro que fui procurar um Cd dela aqui e não encontrei: B o quê? me perguntaram...

Sim, quando quero me emocionar, quando quero ouvir música e não insultos musicais eu ouço coisas como as canções da Björk, Vinícios, Clara Nunes e graças a Deus muitos outros bons músicos que esta bolota azul e branca esquisita têm!
Mas agradeço a bestilidade existente pois posso confrontar com algo que acredito ser divino : o talento!