quarta-feira, 24 de junho de 2009

Esperanças...

Gostei do filme: Pro dia Nascer Feliz e recomendo. O documentário é fiel a realidade de muitas escolas pelo Brasil a fora, é fiel ao desânimo de professores, pela falta de recursos que façam com os alunos tenham vontade de vir a escola e que a ame e a respeite.
Como disse a diretora de uma das escola: " A escola pública de hoje, não cumpre mais seu papel na sociedade." E então? Como ficamos nesta situação?
Fingimos ensinar e os alunos fingem aprender?
Fechamos os olhos para situações de violência e falta de respeito?
Até quando ficaremos passivo diante deste quadro, e não me refiro a passividade docente, mas a passividade cidadã.
Pro dia nascer feliz é necessário desacomodar, quando isto acontecerá?????

domingo, 14 de junho de 2009

A QUE SE DIALOGAR...

Cartazes com dezenas de regras acabam mais para enfeitar as paredes do que como um recurso que está ali para ser lembrado e vivenciado.Estas devem ser elaboradas pelos alunos, juntamente com as sanções .

Tanto Piaget quanto Heller colocam como a escola é importante na formação moral.Ela, a escola, pode contribuir para sentimentos de justiça, inclusão, participação, medo, coação e tantos outros, seja como for entendo que se ensine respeito e ética muito mais pelos exemplos do que por falácias sem conteúdo. Deixar para falar nestes temas nas aulinhas de educação religiosa, por exemplo, penso ser um atraso, cada ato deve ser contextualizado aos valores que queremos que dissemine em sala de aula.

SOMENTE PELA EDUCAÇÃO

Kant diz que a época em que vivemos de civilização, porém não da verdadeira moralidade, Adorno também coloca sua preocupação e como solução apenas a educação. Uma boa educação humanizadora, que favorece a evolução do ser humano como um todo, não só no aspecto intelectual, mas também no emocional e social.

A escola deve impor limites? Com certeza, mas que se faça de forma em conjunto com a família, para que esta se faça presente e atuante.
Esta escola deve ser desafiante que deixe de lado um ensino que reproduz um sistema repressor e autoritário.

Kant fala em disciplina, eu amplio para disciplina com responsabilidade e afeto. Com responsabilidade, para que a disciplina não se torne castigos e afeto, pois só se educa com carinho.

Precisamos de uma educação que impeça novas Auschwitz? Não resta dúvida. Mas refletindo: por vezes não nos deparamos acuados, perdidos e indefesos? Não são raros os momentos que nos deparamos com noticiários de um povo inteiro que em nome de uma crença, acham-se no direito e com as bênçãos divinas de matar e morrer.
Milhões de pessoas vivem a baixo da linha de pobreza, sem a mínima condição de uma vida digna. Sem voz e sem vez elas perecem como vermes na terra. Largados a própria sorte não estariam elas como em Auschwitz? E diante de uma possível negação, reafirmo: A tal liberdade que estes miseráveis gozam, diferente dos nossos irmãos do Holocausto, está sim numa política educacional que QUEIRA INCLUIR, uma política social, não paternalista e assistencialista, mas que ensina a se desenvolver como um cidadão.

Porém educa-se mais com exemplos do que com falácias, a total falta de ética e moral por parte dos nossos representantes na política impedem que com mais rapidez, nossa sociedade evolua.
Que a educação consiga êxito nesta empreitada

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Não sei o que fazer...

A importância de um professor bem preparado e de uma escola com recursos é fundamental para que se estabeleça a confiaça e a auto-estima que levará o aluno com deficiência mental a desenvolver a proposta de ensino com satisfação e com prazer, sendo desafiantes ao seu pensamento (não pensamento da maioria da turma), levando-o a uma autonomia em várias frentes:intelectual, social ...Aqui, há que se ter um professor com tempo e sensibilidade para observar o que cada um responde aos estímulos das atividades e através destes reavaliar e propor novas atividades.Fico lendo e pensando e dá um desespero...não sei o que fazer se tiver um aluno com deficiência mental em minha sala, eu sei que está na lei e......, mas me apavora, estou sendo sincera.

domingo, 7 de junho de 2009

Regras e moralidade em sala de aula

Quando o texto REFLEXÕES SOBRE A MORALIDADE NA ESCOLA de Liseane Silveira Camargo diz: “A regra precisa ser conhecida e debatida pela criança e compreendida dentro de um ou mais contexto moral”.Concordo plenamente. Cartazes com dezenas de regras acabam mais para enfeitar as paredes do que como um recurso que está ali para ser lembrado e vivenciado.Estas devem ser elaboradas pelos alunos, juntamente com as sanções .

Tanto Piaget quanto Heller colocam como a escola é importante na formação moral.Ela, a escola, pode contribuir para sentimentos de justiça, inclusão, participação, medo, coação e tantos outros, seja como for entendo que se ensine respeito e ética muito mais pelos exemplos do que por falácias sem conteúdo. Deixar para falar nestes temas nas aulinhas de educação religiosa, por exemplo, penso ser um atraso, cada ato deve ser contextualizado aos valores que queremos que dissemine em sala de aula.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Um pouco sobre Autismo

Segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10) publicada pela Organização Mundial de Saúde, clássica como :"Um transtorno invasivo do desenvolvimento , definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ou comprometimento que se manifesta antes da idade de 3 anos e pelo tipo característico de funcionamento anormal em todas as três áreas : de interação social , comunicação e comportamento restrito e repetitivo . O transtorno ocorre três a quatro vezes mais frequentemente em garotos do que em meninas ."

Há inclusive uma lista de checagem, uma espécie de orientação para o diagnóstico, em que o indivíduos para serem considerados autistas devem apresentar pelo menos 50% das características.Citarei algumas:

· Risos e sorrisos inapropriados,
· Não temer os perigos,
· Pequena resposta aos métodos normais de ensino,
· Aparente insensibilidade à dor,
· Ecolalia (repetição de palavras ou frases),
· Hiper ou hipo atividade física,
· Aparenta angústia sem razão aparente,
· Apego inapropriado a objetos, Habilidades motoras e atividades motoras finas desiguais, e
· Dificuldade em expressar suas necessidades; emprega gestos ou sinais para os objetos em vez de usar palavras.

Cito alguns sites interessantes que andei pesquisando:
*http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?44
*http://www.autismoinfantil.com.br/

EDUCAÇÃO APÓS AUSCHWITZ

Lembremo-nos que Auschwitz, foi um conjunto de quatro campos de concentração (1941-1944), construídos pelos nazistas para extermínio de judeus, na cidade polonesa de Oswiecim. Nas quatro câmaras de gás e fornos de incineração, chegaram a ocorrer 200 incinerações por dia. Em Auschwitz, eram realizadas experiências genéticas macabras utilizando os prisioneiros judeus como cobaias. Calcula-se que três a quatro milhões de prisioneiros foram assassinados nessas instalações, onde hoje funciona um “museu” do Holocausto!

Assim como Adorno, considero que somente através da educação (boa educação) é que poderemos modificar nossa sociedade. Não possuímos mais campos de concentração, é bem verdade, mas as barbáries humanas não se restringem a este espaço.
A falta de respeito pelo bem público, através da depredação, pichação também é uma forma de selvageria, a violência no trânsito, nos estádios de futebol e até mesmo dentro do lar, lugar que deveria ser de segurança e proteção, nos deparamos diariamente com noticiários da bestialidade humana se pronunciando contra crianças.

Não esquecer Auschwitz, é não esquecer do que o homem é capaz de fazer, é refletir sobre esta triste passagem da história da humanidade e promover mecanismos em que os bons valores sejam resgatados através da ética e solidariedade.