sábado, 24 de abril de 2010

Tem coisas que me enervam...AFFFE



Esta semana, em meio a duas enxaquecas, foi difícil trabalhar, dedicar-me de corpo, já que a alma estava tranquila. Então comecei a refletir sobre uma frase num programa de TV que ouvi.

Entre os diálogos dos personagens, a esposa reclama do marido a respeito de reforma em casa, mas nenhum deles tinham tempo para ficar em casa e esperar o pedreiro, no meio da discussão ele diz que não pode faltar ao trabalho e ela diz que ele não entende que o trabalho dela também era importante e no meio da ironia de sua fala, ela diz:

" tem razão...tudo bem se eu faltar, que importância tem? sou só uma professora, não irá acontecer nada..." O diálogo segue entre ironias e discussões...

O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

Nossa, eu vejo a dedicação de todos meus colegas de escola, todos sem exceção, dando seu melhor e acreditando no que faz. Se desdobram em mil... lutam bravamente contra um sistema político que marginaliza seus professores

Fazemos coisas na escola que não é de nossa competência, mas fazemos: festas, gincanas, rifas...tudo para suprir a parte financeira da escola, eu mesmo encabeço uma rifa para adquirir um data-show para a escola ( a propósito, é só R$ 1,00 e concorre uma linda cesta com produtos variados para presentear a mamãe)
E quanto a parte humana?
A minha escola não tem orientadora e nem supervisora, ora bolas...o mínimo que se quer é suporte pedagógico!!! Reuniões pedagógicas são realizadas, porém de forma deficiente, concentrando apenas em decidir como trabalhar os sábados letivos e arrecadar mais dinheiro.






Quero minhas 4 horas semanais para planejar, quero ter que me dedicar exclusivamente as dificuldades do meu aluno. Quero que ele tenha uma biblioteca que funcione e que possa "saborear" os livros, que possam pesquisar, e que a bibliotecária fique lá a disposição e não substituindo a tudo e a todos. Quero o bendito laboratório de informática que a 4 anos é prometido e até agora NADA, quero um(a) orientador(a) eficiente , um(a) supervisor(a) que seja atuante em sala de aula com o professor. Quero uma escola que possa se preocupar mais com o pedagógico e menos com o arrecadar dinheiro.
QUERO... QUERO... QUERO....
EXIJO SER TRATADA COM PROFISSIONALISMO E RESPEITO, É DESTA FORMA QUE TRABALHO!
Perdoem-me meu desabafo...Mas era o que eu tinha para hoje...

domingo, 18 de abril de 2010

PLANEJAMENTO


Minha postagem desta semana é uma reflexão sobre planejamento.



Voltei ao texto Planejamento: em busca de caminhos de Maria Bernadette Castro Rodrigues, revisitei sua fala. e me deparei com as 5 perguntas fundamentais:

1) O que é importante meus alunos aprenderem?
2) De que forma abordar estes conteúdos para estes sejam realmente significativos e interessantes?
3) Que recursos possuo para que seja alcançado meus objetivos de uma prática mais interessante?
4) Quanto tempo disponho para realização deste planejamento?
5) Qual a melhor e mais justa forma de avaliação?

E diante destas indagações, e diante das alterações do planejamento da 1ª semana, observo que o importante aos meus alunos naquele momento foi o interesse que surgiu a respeito de um autor diferente daquele que a escola queria que fosse trabalhado, o importante não era saber sobre Shakespeare, mas sobre Júlio Verne e a forma que foi abordada foi a mais natural possível, partiu de um interesse deles, é lógico que não penso em finalizar o assunto ainda, até mesmo o autor inglês possa a vir ser trabalhado. Mas o percebo de forma bem nítida, é o quanto é necessário ser flexível, não amputar as curiosidades, bem ao contrário, estimulá-las o máximo possível.
E só para seguir os itens acima, explico que o trabalho baseado na obra de Júlio Verne, Viagem ao Centro da Terra, teve uma colaboração e interesse maravilhoso pelos alunos, utilizamos filme, realizamos produções textuais, pesquisamos, montamos maquete e apresentamos ontem na exposição da Escola. Os alunos formam avaliados seguindo um critério amplo de observação feito por mim: a participação, o interesse, a cooperação entre os colegas, a realização e formatação da pesquisa realizada, ortografia, concordância verbal nominal, enfim a parte de linguagem como um todo.



Trabalho exposto em 17/04/2010.



domingo, 11 de abril de 2010

P.A e Raízes de Gravataí

É com muita satisfação que socializo que um dos projetos de aprendizagem que está sendo realizado pela minha turma de estágio ( A História da Escola Irmã Cléssia), foi escolhido pela escola para representá-la no Projeto Raízes de Gravataí. Elaborei um artigo descrevendo a proposta bem como os resultados atigindos até em então e o relatei na quinta-feira dia 8 de abril no auditório do SESC- Gravataí:

A seguir trecho do artigo:

A ESCOLA IRMÃ CLÉSSIA E GRAVATAÍ, UMA HISTÓRIA PARA SE CONTAR
Professora Nara Souza de Oliveira*

RESUMO

A história da Escola Estadual de Ensino Fundamental Irmã Cléssia e daquela a quem foi dado o nome em homenagem: a Irmã Cléssia se funde com a história do desenvolvimento do centro da cidade de Gravataí. O resgate breve da história deste Estabelecimento de Ensino, faz com que um pedaço da história desta cidade, também se desvende.

Palavras-chave: Gravataí, história, Escola, Irmã Cléssia

INTRODUÇÃO

Lançar um olhar diferenciado para o local em que se estuda, conhecer a história do estabelecimento dentro do contexto histórico da cidade e ainda conhecer a história de vida da mulher a qual a escola reverencia através de seu nome, são propostas que visam mais do que a pesquisa propriamente dita, mas sim proporcionar aos alunos da quarta série desta escola, momentos de reflexão sobre a construção da história e dos agentes ativos da mesma. Aqui a proposta utilizada com os alunos foi sob a forma de Projeto de Aprendizagem (P.A), em que movidos por uma curiosidade inicial, os alunos lançaram-se a procurar respostas a suas dúvidas e indagações, não só a este tema, mas a outros de igual valor. Desta forma, através da socialização os alunos em grupo, montaram suas estratégias, saíram em campo, reuniram o material coletado e após apresentaram aos demais colegas.

DESENVOLVIMENTO
Um Projeto de Aprendizagem tem como objetivo primordial desacomodar o aluno, instigá-lo a ir em busca de respostas a suas dúvidas e mais, e talvez o mais importante: realizar isto de forma cooperativa junto de seus pares. Pois bem, eis que os alunos da turma 41 desta escola começaram a
questionar a razão do nome da nossa Escola ser este: Irmã Cléssia. E suscitaram outras tantas
indagações: Quem era na verdade a Irmã Cléssia? Existiu de verdade? Do que ela morreu? Ela foi diretora da nossa escola? E como era a cidade nos primeiros tempos da escola? Esta vontade se saber mais, suscitou nos demais alunos a vontade de pesquisar também sobre outros assuntos. Foi feito então uma pequena enquete em que cada aluno colocou em um papel seu nome e que assunto gostaria de saber mais. A título de informação, sito os outros assuntos que de igual forma realizaram suas pesquisas: Os vulcões, o Sol, as religiões e seus costumes, como funciona a televisão.
Primeiro passo dado, a turma foi dividida em grupos e na biblioteca partiram para colocar no papel as suas dúvidas e certezas diante do assunto escolhido:

DÚVIDAS CERTEZAS
Quem ela era? (a Irmã Cléssia) É uma escola que fica em Gravataí.
É uma escola que fica em Gravataí.
Como ela morreu? (a Irmã Cléssia)

Quando ela nasceu? (a Irmã Cléssia)

Quantos anos a escola tem?

É verdade que a Irmã Cléssia morreu caindo da escada?

Quantos ela tinha quando morreu? (a Irmã Cléssia)

Por que a nossa escola tem este nome?

Ela foi diretora da escola? (a Irmã Cléssia)
Quais foram todos os nomes desta escola?

Como era Gravataí quando a escola surgiu?


Segundo passo a pesquisa propriamente dita; e aqui se observa a aprendizagem extrapolando o registro de suas buscas, mas a relação aluno/aluno, a aceitação, a socialização, a troca de valores para o bem comum.

______________
*Professora-
Escola Estadual de Ensino Fundamental Irmã Cléssia
Graduanda em Pedagogia
Universidade Federal Rio Grande do Sul
E-mail: nara.souza.oliveira@gmail.com

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O ARTIGO NA ÍNTEGRA ESTARÁ DISPONPONÍVEL NO PBWORK DO ESTÁGIO.

sábado, 3 de abril de 2010

Iniciando...

Já percebi que quanto mais fico me pressionando para fazer algo, aí então que não consigo realizar nada, só que entender isso é desesperador. Pois bem, que ação pegagógica ou P.A desenvolveria com meus alunos digno de um estágio supervisionado?

Porém algo estava bem certo para mim: Nenhum dos meus alunos serão cobaias!

Confesso que um projeto de aprendizagem, me fascina, mas não tenho 100% de domínio sobre isso, principalmente o bendito mapa conceitual. ( como vou fazer isto meus meus aluninhos?)

Então o que a princípio me atormentou, de agora em diante estou mais relaxada e as coisas estão fluindo. Explico:
Surgiu, assim mesmo, surgiu uma situação de indagação entre alguns colegas a respeito da razão do nome da escola. Abri a boca para responder, quando de repente disse: Boa pergunta!Não esquece ela não!!! Estávamos no final da aula.

Dia seguinte na aula a primeira coisa que fiz, foi:

Esqueceram da pergunta não ? Ok!

Distribui papeis a turma pedindo que eles colocassem o nome e um assunto que gostariam de saber.


Foi muito interessante:
Olha estas, que fofo:
- Se avião é mais pesado que um carro, por que o carro do meu pai não voa?
- Como surgiu a música?

...

Pois bem, fizemos 5 grupos com temáticas afins, ficando assim:

a) História da Escola irmã Cléssia

b) O Sol ( aqui tenho a impressão que chamou muito atenção a aula sobre o sistema solar da semana anterior)

c) Os vulcões

d) As religiões ( penso que o que despertou o interesse, foi a aula sobre a Semana Santa, pois sempre faço comparativo com as demais crenças e tradições religiosas)

e) A televisão

As duas indagações citadas anteriormente, estão na caixinha de espera para serem desenvolvidos assim que concluirmos as demais, pois houveram apenas uma criança que queria abordar tal assunto naquele momento, porém ela não gostaria de realizá-lo individualmente, optou por desenvolver outro assunto.





Realizamos na biblioteca uma parte bem importante, que foi a realização do quadro das dúvidas e certezas a respeito do assunto escolhido, e já houve a situação de se partir para a pesquisa.

Estou entusiasmada, porém ainda estou apreocupada quanto ao mapa conceitual.Como ajudá-los a fazer????