sábado, 26 de abril de 2008

Balance

O equilíbrio deste pequeno universo depende unicamente da cooperação entre seus habitantes, habitantes estes frios, identificados por números, onde cada passo, movimento de um elemento significa uma reação imediata no equilíbrio ( ação e reação imediata). Observei que embora tenham que cooperar, não há ai nenhum tipo de afetividade, o que me diz que é somente ajuda pela própria sobrevivência. A harmonia inicial é rompida com a “pesca” da caixa, a curiosidade, a avidez, a ganância acaba de pôr fim a esta convivência equilibrada.

O desequilíbrio ambiental é conseqüência da não cooperação dos indivíduos pra o bem comum. É o resultado de escolhas irresponsáveis de gananciosos que pensam apenas em si mesmos.
Assim como o filme em que a cada passo de um dos seus elementos, também a natureza reage conforme as ações humanas, prova disto é o aquecimento global, por exemplo. O progresso desordenado, destruindo os mananciais, as florestas, a poluição, fazem como a caixa no filme, desequilibram.

domingo, 20 de abril de 2008

Vivendo para aprender

Sempre acreditei que uma atividade que partisse e que realmente envolvesse as crianças haveria de dar a elas uma significação sem igual. Superior a qualquer técnica e método mirabolante. Conhecer cada criança, entender seu universo, perceber seus sonhos e desejos e embrenhar-se, tornando-se parte, faz com que nos aproximemos delas, e elas se identificando, acreditando e se permitindo aprender.
Quando levantamos dados destes alunos, seja por atividades que aparentemente são tão simples, nos deparamos com situações que nos intrigam, instigam e nos permitem refletir. A discussão se torna necessária e esclarecedora.
Percebendo que uma mesma palavra pode ter várias representações, também perceberam que a vida, as situações podem ter mais de um ângulo. Diversas visões e interpretações sobre uma mesma coisa e que isso pode significar que nem tudo há o certo e o errado.
Quando observamos juntos os desenhos e nos deparamos com situações tão iguais, indaguei a razão, como no caso da árvore em que praticamente todos a desenharam com tronco grosso (marrom) e copa frondosa arredondada (verde). Aproveitamos a situação e fomos para o pátio da escola e ficamos a observar as árvores. Quais os tipos de troncos que viam, e a cor, as folhas se eram todas do mesmo jeito, qual as tonalidades, quais os formatos das copas?
Ficamos observando e conversando por um bom tempo. E ao retornarmos a sala continuamos a conversar sobre as outras palavras... O interessante foi que depois dessa conversa, pediram para desenhar novamente, desta vez no caderno.
Não vi problema de alterar meu planejamento e seria uma boa experiência. Tanto no caso da árvore, como em praticamente todas as outras, com exceção da palavra coração houve grande variedades de desenhos.
Pensei nas palavras destruição de paradigmas para construção efetiva do conhecimento. No confronto de situações que fogem somente das palavras, mas parte para a observação e integração.

sábado, 19 de abril de 2008

Os números na minha vida


O pedido para refletirmos sobre os números na nossa vida, realmente nos fez perceber o quanto estamos mergulhados neles e quanto são importantes para nós:


Os números estão em nossa vida mesmo antes do nosso nascimento. Através deles é medido nosso peso, as semanas de vida...Geralmente os pais já começam a fazer economias pois os gastos serão grandes. Em parto normal, as mães observam os minutos para medir o tempo entre as contrações. Logo que nascemos, somos medidos e avaliados por uma tabela numérica em que avalia nossos reflexos. é o nº do apgar. Nos identificam pelo nome da mãe e pelo nº do quarto e daí então números e mais números nos identificaram pelo resto da vida e até nossa última morada.
No cartório, ao nos registrar, além do nome, terá o nº de nascimento, a folha e o livro, roupas, calçados e apartamento, bloco, cep, telefone, celular...
Logo a vida adulta chega e com ele mais números: RG, CPF, PIS-PASEP, matrículas, placa de carro, agência bancária, nº de contas, senhas...
O fim da vida chega, e os números nos acompanham: certidão de óbito nº, folha, livro...

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Reflexão sobre a defesa da síntese

Se fossemos olhar minhas primeiras palavras neste curso ao me descrever, seriam como me caracterizando como tímida e reservada, porém confesso que prefiro enfrentar uma banca e expor minhas idéias e crenças a fazer uma prova escrita e que a mim parece tão fria e impessoal. E para quem se considera tímida, acabou por descobrir que fala demais e o tempo acabou sendo seu maior inimigo.
E por falar em tempo, sempre tentei realizar as atividades no prazo correto, assim não me angustiaria tanto, mas cabe colocar o quanto é difícil conciliar vida acadêmica, profissional e familiar. Mas está valendo o esforço.
Tenho encontrado grandes aliados e me identificado com muitos colegas neste curso. E acredito que a rede de professores interessados em transformar a educação deste país já está formada e é real.
Fiz meu trabalho com zelo e optei por apresentação em PowerPoint, por pensar que sendo o curso envolvendo muito as tecnologias seria conveniente fazê-lo desta forma. Lamentei não ter tido possibilidade de inserir mais imagens. Mas a idéia que o curso está nos propondo em fazer correlação com a prática é sem dúvida inovadora e importante, nos faz ver que a Graduação em Pedagogia, não ficará somente num certificado pendurado na parede ou plastificado e guardado em uma gaveta. A graduação está sendo efetivamente feita a cada exercício/tarefa que realizado junto com os alunos, mas não os transformando em cobaias, mas sim em agentes de uma certeza de que é possível.
Então, quando uma das questões foi rever as TRANSFORMAÇÕES E INTERVENÇÕES NA PRÁTICA DOCENTE, pude extravasar tudo que eu sentia e pensava sobre o que este curso está sendo para mim, na verdade espero que tenha conseguido isso.

Concluo reafirmando o quanto lamento o pouco tempo que temos, não refiro apenas aos professores alunos realizarem as tarefas, mas aos professores exporem melhor suas interdisciplinas. Ficou o gostinho de quero mais.

sábado, 5 de abril de 2008

Por Kamii...

Segundo Kamii “... embora a estrutura mental de número esteja bem formada em torno dos cinco para os seis anos, possibilitando à maioria das crianças a conservação do número elementar, ela não está suficientemente estruturada antes dos sete anos e meio de idade para permitir que a criança entenda que todos os números consecutivos estão conectados pela operação de “+ 1”. ( 1997, pág.28)

Comento, que não sei se com 7 anos e meio que estas estruturas estejam definidas e a criança capaz de administrar o conceito de nº e tudo o que ele significa. Concordo com Kamii, quando diz, o quanto é necessário trabalhar com o concreto e vivências da criança para que haja efetivamente essa construção.